sábado, 20 de agosto de 2011

Simples Verdade.

Nasceu uma nova estrela,
seu brilho é fascinante.
o dia é amargo.
A noite é medrosa.
Seu medo nos amedronta.
Um medo indeciso.
De algo tão esperado.
Na noite, o medo da morte.
Na morte, o medo da vida.
O dia é vida, é sol.
o sol é alegria, confiança.
todos preferem o dia,
todos querem o verão.
Eu quero a noite.
Noite estrelada,
lua luminosa.
Árvores debatendo-se,
vento gelado no rosto,
olhar nas estrelas.
No mundo,
na vida.
O que é o céu?
Cometas cadente,
vidas cadente,
pessoas carentes,
carência humana...

Idéias.

Quando estiveres triste,
olhe para o céu,
para a vida,
para o mundo,
ouça pássaros,
poemas,
músicas.
veja tudo de frente.
Saiba apreciar,
amar,
sonhar.
Aproveite a liberdade,
a saúde,
a saudade.
Tudo tem valor,
tem calor,
tem amor.
Viva!
Cante!
Sonhe!
Liberte-se!
Ame!
Faça tudo com fervor!
Mas sem rancor...

Múmias do Dia a Dia.

Eles se topam.
... se enlaçam.
... nos cercam.
Vão indo pelo caminho,
sem rumo.
... destino.
Vai pegando qualquer ser.
Sem imaginar o que,
ou então, o por que,
eles são as múmias,
múmias ambulantes,
que se jogam.
... se tocam.
... se caçam.
Estão sempre a procura,
procura de algo,
procura do por que.
Essas múmias,
todas mumificadas,
que vem vindo,
de braços abertos,
para o mundo.
... o ser.
... o viver.
múmias incompetentes.
... carentes.
... dementes.
... sem razão,
ou emoção...

Morte II

O corpo eu vi descendo.
Num caixão todo fechado.
Sete palmos logo abaixo,
a terra foi caindo,
e o caixão foi cobrindo,
uma vida lá ficando,
no meio da noite e da terra,
o cal vai te comer,
os vermes vão te ingerir,
sua boca vai explodir,
seus dentes vão se abrir,
seus ouvidos vão sumir,
e a ti vão consumir,
aqueles germes, vermes,
sem destino que os contém.
Uma vida vai morrer,
para o bem da germinação,
pois os vermes se multiplicarão,
e sempre outros eles atacarão,
na escuridão do caixão,
que é um mundo de solidão...

Morte I

A perversa serpente chegou,
e ti de mim levou,
morte, serpente vadia,
que ti leva e me angustia.
Neste destino de solidão.
Que não existe perdão.
Ela vem de mansinho,
por um estreito caminho,
logo dá um bote,
e ti leva no cangote,
ti deixa na sepultura,
no meio de vermes e criaturas...

Cidade do Terror.

Cidade aterrorizante.
De cadáveres mal-decompostos.
Pessoas inabaláveis.
Com gestos inseguros.
podridão humana.
Concentrada na cidade.
Sujos incabáveis.
Mendigos choramingando.
Cidade mal-decomposta.
Cidade mal-assombrada.
Com fantasmas dementes.
Centro da solidão,
de um mundo de terror.
Centro da imensidão,
de um povo pecador.
Cidade do terror,
início de muita dor...

No Meio do Poema.

No meio do poema tinha o Drummond.
Tinha o Drummond no meio do poema.
Tinha o Drummond.
No interior do Drummond tinha o poema.

Nunca me esquecerei daquele poeta,
no poema de muitos outros influenciará.
Nunca me esquecerei que no meio do poema.
Tinha o Drummond.
Tinha o Drummond no meio do poema.
No meio do poema tinha o Drummond.

Saudade.

A saudade é um sentimento,
sentimento de todos nós,
que fica no fundo do peito,
no canto do cérebro.
Saudade palavra que dói,
palavra que nos lembra,
coisas boas, ou ruíns...
Nos lembra o primeiro beijo,
logo após o primeiro abraço,
o primeiro namoro,
que vem junto do carinho,
um afago no rosto,
um sussurro que nos gela,
uma palavra que nos enova,
o primeiro namorado,
tem todos estes apetrechos.
Que depois se torna o passado,
que fica munido de saudades,
muitas vezes cheias de amarguras,
acontecimentos que seriam evitados,
palavras que deveriam ser pronunciadas,
momentos que deveriam ser relembrados,
mas, como lembrar?
Como recordar?
Seria possível?
Temos um grande argumento,
que é aquele sentimento,
cheio de recordações,
que certamente só tem um nome,
Saudades...
Quantas saudades...

A "Ninha-Ninfa".

Lembre-se, sempre que puder,
tudo na vida, tem seu valor,
tudo que vem, se vai,
nada permanece,
mas, tudo retorna,
em todo coração,
sempre há uma paixão,
em todo amor,
sempre há uma ilusão,
mais mesmo sabendo,
acaba-te, iludindo-se,
mas, sempre é bom,
afinal, tudo passa,
mas, doce menina,
cuidado em sua ânsia,
ânsia de amar,
de se entender,
de se corresponder,
cuidado Ninha-Ninfa,
nuca se deixe magoar,
lembre-se, tudo que tens,
é seu próprio ser,
e o maior amor,
é o próprio amor,
portanto, tente se ajudar,
então poderá amar.

Desejos.

É triste a alegria de tê-lo da despedida,
de imaginar-te longe, na distância,
de descrevê-lo dentre tantos outros,
de acariciá-lo nos pensamentos,
de uma noite chuvosa,
repleta de desejos e incompreensões.
De interrogá-lo nos pensamentos,
e, obter respostas, perante sonhos,
no prazer de muitas fantasias,
nas atitudes de muitos outros.
É triste a tristeza de perdê-lo.
De amá-lo sobre tudo.
De entendê-lo me enganando.
De me satisfazer dentro de mentiras,
e carícias, cheias de hipocrisia,
de falsidades viáveis,
neste mundo inviável...

Angústia de Viver.

Sinto-me só...
Onde todos se foram?
Trancado neste quarto,
entre roupas e livros.
Tudo bagunçado,
eu no chão.
Sinto a solidão.
Que vem e vai.
Me acaricia,
e, depois me angustia.
Por que estou aqui?
Onde estou?
Perdi tudo,
a procura de algo.
Perdi minha vida.
Hoje estou só,
sem amigos.
... família.
... dinheiro.
Sem ilusão,
ou alegria.
Perdi a felicidade,
junto do sorriso,
da brincadeira,
da amizade.
Mas por outro lado,
perdi o egoísmo,
junto ao orgulho.
Hoje sei o que é viver,
junto a uma saudade,
um aperto no coração,
a procura do infinito,
sempre de algo mais,
que possa preencher,
este vázio tão grande,
que hoje está em mim.
Era isso o que queria?
Cadê tudo aquilo,
que sempre imaginava,
que estaria aqui?
Por que a ilusão,
de conseguir algo?
Se para isto,
temos que perder tudo,
o que tínhamos?
Por que as inimizades,
ou o capitalismo?
Por que diplomas,
ou dinheiro?
Se no fim,
se os tiver,
estarei zozinha,
ou junto a alguém,
este alguém,
só tem um nome,
a grande solidão.
ninguém mais.
Todos se foram.
todos me deixaram,
ou eu os deixei,
e ela me agarrou,
para todo o sempre.
Esta solidão,
solidão perseguidora,
solidão devastadora.

Desilusão.

Há no céu lugar,
para uma grande estrela.
Há na Terra lugar,
para um grande ser.
O que fazer?
Não sou um grande ser,
jamais serei estrela.
Assim, só resta-me um lugar.
O inferno, que é para os covardes.
Repletos de egocentrismo,
talvez uma esperença,
de sobreviver às chamas,
numa faísca,
transformar-me em estrela,
e ao céu chegar...

Conflitos.

Sei que não tenho provas,
mas, do que me adiantam,
meu coração se debate,
na certeza da decepção.
Em você tanto confiei.
Você tanto desejei.
Hoje sofro por sua falsidade.
Como pode me trair?
E, ainda se defender?
Sei que tudo é verdade.
E tu, nunca me amou.
E tu, nada me provou.
Somente me ensinou,
a primeira lição da vida.
A falsidade é amiga da amizade,
e, o amor caminha ao lado do ódio,
assim, os quatro sentimentos,
no momento de desespero,
entraram num conflito,
e desde então, só um saíu vencedor.
Pois, a falsidade matou a amizade,
provocando assim o amor,
este em desespero fugiu,
então apareceu o ódio,
e, a falsidade ele esmagou,
sendo assim o grande vencedor,
da batalha do viver,
a qual, só teve um covarde,
aquele, que dizia ser o amor...

Comodidade.

Sozinha, muitas vezes penso,
talvez, em muitos fatos,
em águas já passadas,
em pedras já removidas,
em vidas que já não voltam.
Nos meus que se foram,
em você que nunca permaneceu,
em mim que não conheço.
Penso nas bombas atômicas.
Nos bebês abortados.
... asassinatos cometidos.
... prostitutas sorridentes.
... viciados se picando.
... sonhos na constituição.
... esperanças no Brasil.
Enfim, penso em tudo.
E o mais triste é saber,
que de nada adianta-me pensar.
Não mudarei as pessoas.
... os maníacos assassinos.
... muito menos as prostitutas.
... viciados jamais.
... assim como os sonhos, esperanças.
Pois, também os tenho.
Não mudarei nada.
Pois, este mundo já se foi.
Assim, como os meus...
Assim como você...
Assim, como meu próprio eu...
Mesmo assim, penso,
pois, o que mais resta?...

Palavras...

Caminho em linha reta.
Passo ante passo.
Ando pela estrada.
Piso em terra firme.
Corro, descalça na vida.
Nua em pensamentos.
Assim, como em vida.
Não vejo ninguém.
Não ouço palavras.
Só sinto mágoas.
A terra queima.
O sol esquenta.
Lágrimas se misturam.
Com o suor do viver.
Sinto uma pontada,
talvez uma facada,
perante a realidade,
a qual, é tão irreal,
pois vivo sem saber...

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

... Não podemos deixar a vida passar diante dos nossos olhos e nada fazer, temos o livre arbitrio em todas as situações, não existe situação que tenha só um caminho, só depende de nós ter a sabedoria em escolher o caminho certo para quando chegar lá na frente poder ter o orgulho em dizer, eu fiz a minha história e de nada me arrependo...
... Atuamos em uma grande peça de teatro onde Deus é o diretor, somos orientados e para nós é dado o papel a ser desempenhado, obter êxito em sua concretização só depende de nós...
... Um corpo sem alma é apenas um cádaver, uma alma sem corpo um espírito, não se esqueça que quando os olhos do corpo se fecham e abrem os do espírito,  será a hora do acerto de contas...
... Algumas vezes a provocação é necessária para pessoas que permanecem na inércia da vida...
... Pessoas que possuem sentimentos jamais encontrará a felicidade plena, apenas momentos felizes, portanto esses devem ser aproveitados ao extremo e jamais deixados para o outro dia, talvez no amanhã você não mais o terá...
... Se não acreditasse no espiritismo acharia Deus injusto quando não dá a todas as mulheres o prazer de ser mãe, o segredo de gerar, a plenitude que há no momento em que a mãe vê seu filho pela primeira vez após o nascimento, a cumplicidade no olhar quando tão indefeso é amamentado. São momentos impossíveis de ser descritos sendo sentidos em toda sua intensidade na intimidade de quem lhe cabe...  
... A pessoa dissimulada com o passar do tempo, esquece sua própria identidade camuflando seu verdadeiro eu...
... Na correria do dia a dia o ser humano está se esqquecendo de se olhar no espelho, não aquela olhada superficial, mas se olhar dentro dos olhos e ver o que está fazendo com si próprio...
... Dê para seu filho o estudo e a educação, jamais será tomado dele...
... Não tenha saudades dos desencarnados pois eles estão próximos, mas sim dos encarnados que não sabemos onde estão...
... A pior solidão é termos alguém do lado e para nada ele servir...
.... Nos poucos momentos que estamos totalmente descontraídos entre os verdadeiros amigos, devemos aproveitar ao máximo o prazer da companhia, pois no corre corre do dia a dia estamos esquecendo a necessidade de cultivar e preservar esses momentos...
.... É muito fácil justificar a própria omissão com a omissão dos outros...
... A ganância do ser humano é tanta que só quer adquirir, acabando por se esquecer de viver, usufluir, a preocupação é tamanha que se esquece de ver as pequenas coisas que trazem a felicidade sem ter que pagar nada, portanto para que a ânsia de sempre querer mais....

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

"... Persistir em um relacionamento no qual o alicerce não foi cosntruido com cumplicidade é o mesmo de deixar a vida passar por nós e não fazermos nada para mudar, pois no futuro este relacionamento com a primeira tempestade irá despedaçar e palavras serão colocadas ao vento e jamais serão recapturadas, pois o vento as levará deixando apenas a magóa de algo que não se concretizou, pois era um sonho o qual só habitava no seu coração e infelizmente em um relacionamento há dois lados, dois corações que devem se completar e progredir unidos e não individualmente.... O ser humano não vive sozinho, não há felicidade dentro da solidão. Não tenha medo em conquistar alguém, é melhor ter a certeza que aquela pessoa não era quem você esperava, do que morrer na dúvida se não poderia ser o seu cumplice e te fazer feliz..."
"... Precisamos aprender a encontrar nas pequenas coisas a alegria. Saber entender o sorriso de uma criança, apreciar a tranquilidade de ficar olhando para o infinito e saber aproveitá-lo para refletir e agradecer pelo simples fato de estarmos vivo. Sentir o vento no rosto e deixar este vento adentrar em nossa alma e ir refrescando-a e varrendo os sentimentos ruins que por algum motivo estejam em nosso interior..." 

Pensamentos ....

"... Viver é nunca ter medo de recomeçar, é usar nossos erros e suas consequências para alicerçar um novo relacionamento. Viver é jamais deixar para o amanhã o que tem vontade de dizer no agora, é não deixar dúvidas reinarem em seus pensamentos e endurecerem seu coração. Viver é não ter medo de amar, pois não existe idade para encontrar e solidificar um grande amor..."

domingo, 14 de agosto de 2011

SAUDADE

Entre as altas montanhas,
perto do pico da esperança,
há o lago do encanto,
perto da árvore do amor,
na qual há sempre uma menina,
de olhos pretos brilhantes,
sem egoísmo,
repleta de compaixão,
ela é a filha,
de um grande triângulo,
amoroso, fanático,
por isso é a saudade,
única filha solitária,
que vive entre montanhas,
nos verdes das matas,
nos verdes das esperanças,
se reflete no lago,
se encanta do amanhecer,
tão bela quanto o viver,
mas, nunca deixará de ser,
a velha e única saudade...

HOMENAGEM AO POETA

E  agora, Carlos?
Você se foi.
Itabira chorou.
O Brasil empalideceu.
Eu sofri,
e agora, Carlos?
E agora, poesia?
Você que era tão forte,
que gostava de viver,
você que fazia versos,
que amava, ensinava?
E agora, Carlos?

Estamos sem você,
estamos sem professor,
estamos sem seguidor,
já não temos ninguém,
já não temos Drummond,
poeta já não existe,
você era o único,
o seu otimismo,
a sua simplicidade,
sua maneira de ser.
Todos se foram,
Drummond se foi.
Castro se foi,
Pessoa se foi,
novos virão?
A poesia os perderam.
Nós os perdemos,
mas seus versos aí estão.
Para nós apreciarmos,
vocês viverão!
Os sentimentos de Drummond!!
A decisão de Castro!!
O amor de Pessoa!!
As recordações de Casimiro.
E muitos outros.
O Brasil não os esqueceram,
eu não os esquecerei.
Carlos, está com eles?
Onde estão?
Certamente estarão,
fazendo versos no além,
esperando por mais alguém.
Continue, Carlos!
Vocês se merecem,
Vocês nos ensinaram.
Vai Carlos!
Descanse!
Para uma nova era,
para um novo mundo.
Espero um dia,
lhe dizer tudo isto,
Carlos, eu te admiro!

VIVER

Ao longe escuto.
O barulho da chuva.
A noite chegou.
O céu nublado.
O vento frio,
me bate,
me renova,
me acorda,
me levanta,
me afoga,
e me sacode.
Janela á frente,
logo me deparo.
Com poças d'agua,
pessoas chuvosa,
que andam,
e reclamam.
Eu dormi, mas,
a vida lá fora,
sempre continuou,
meus olhos,
querem fechar,
para a cama quero voltar,
para amanhã levantar.
E a minha vida continuar.
Para tudo recomeçar...

SENTIMENTOS

Um dia tive um sonho,
um sonho muito engraçado,
sonhei que eu estava,
sentada na calçada,
e com a formiga eu onversava,
assim a perguntava:
- Po que tanto trabalha?
- Para minha familia eu sustentar.
- Mas só você parece andar?
- Meu marido doente está,
  minha filha desidratada também está,
  meu filho parece procurar,
  alguém para nos ajudar!!
- Doente? Desidratada? Ajuda?
  Uma formiga você é,
  sentimento também a contêm?
- Eu vivo a sonhar,
  além de trabalhar,
  muitas coisas tem que mudar,
  o asfalto tem que parar,
  pois do contrário vai nos matar.
- Por que vocês não se mudam,
  para um quintal aqui da rua?
- Quem nos permitiria?
  Certamente nos puniria.
- Eu certamente não,
  vem na minha mão,
  traga toda a população...
Este sonho foi engraçado,
imagine o resultado,
se fosse isso realizado?
Uma "população" de formiga,
metida em minha vida,
Minha pobre vida!
Que palhaçada,
Um monte de formiga!!!!....

FATALIDADE

Na hora do casamento,
a noiva desapareceu.
Tudo aconteceu,
num instante,
a porta aberta,
o povo esperando,
as vozes alterando-se.
- Cadê a noiva?
Na hora do casamento,
a noiva desapareceu.
O noivo no altar,
a gravata já mexia,
o suor já escorria,
a preocupação já transparecia,
o medo já aparecia.
- Cadê ela?
Na hora do casamento,
a noiva desapareceu.
Os padrinhos se sentando,
o padre, já cansado,
o noivo, já desistindo,
o povo, já sumindo,
os pais se entreolhando,
e, logo já pensando.
- Cadê nossa filha?
Na hora do casamento,
a noiva desapareceu.
A noiva pronta estava,
no carro já se encontrava,
mas quando o carro rodava,
com outro ele topava,
então a noiva se encontrava,
e, no hospital se transfigurava,
e lá se acabava.
Na hora do casamento,
a noiva desapareceu,
e logo morreu...

GUERRA

Guerra...
Palavra ameaçadora.
Cheia de amarguras,
cheia de dor e desespero,
mortes ou suicídios?
Guerra...
Para uns é o começo,
para tantos outros é o fim,
para uns é a paz,
mas não seria o inferno?
Guerra...
Homens se matando,
por um ideal talvez perdido,
seria este ideal,
o motivo de tanta luta?
Guerra...
Seis letras diabólicas,
cheia de contrapropostas.
Palavra sem sentido.
Quem a inventou?
Guerra...
Palavra sem merecidos.
Cheia de acontecidos.
Todos nós a vivemos.
Mas sem lutar?
Guerra...
O Brasil vive em guerra,
com o governo guerriamos,
na feira gritamos,
no açougue nos desfolamos.
Já não seria uma guerra?
Guerra...
Eu luto,
eu grito,
eu choro,
eu guerreio.
Mas como?
Sem companheiro,
sem partilha,
sem compreensão...

O SONHO...

Certo dia estava pensando,
mas acabei dormindo e sonhando,
eu era um pássaro voando.
Por cima de nuvens repousando,
em ti sempre lembrando.
As nuvens eu vi sumindo,
e o sol a mim logo sorrindo.
Um sorriso já convivido.
De um alguém tão conhecido.
O sol permanecia olhando.
A mim sempre sorrindo.
Sorrindo era você que estava,
o sol em ti transformava.
Um beijo ele me mandava.
Seus raios me convidavam.
E eu, com medo estava,
seria você que me chamava??
Ou o amor a mim endoiadava??
De repente para mim ele piscava.
E com um dos raios acenava,
acenava e me chamava,
e eu alegre estava,
por você ter voltado e me amava,
de repente a nuvem apareceu,
e o sol ela escondeu,
você outra vez sumiu,
sozinha como sempre permaneci,
minhas asas eu bati,
e para os céus eu sumi,
mas do sonho eu acordei,
logo a acordar, eu imaginei,
até no sonho eu ti perdi...

MULHER OBJETO

Mulher que quer viver.
Mulher da vida.
Mulher da cama.
Mulher sem destino.
Sem medo ou razão.
Mulher capitalista.
Que vive pelo dinheiro.
Sem alma ou coração.
Faz tudo sem prazer.
Com pura falsidade.
Vai pelo rumo,
sem pensar ou rejeitar.
Tudo ela aceita,
tudo ela quer.
Mulher que tem medo.
Tem medo da vida.
Quer o viver,
sem saber como o fazer.
Mulher idosa,
mulher menina,
mulher jovem,
todas em uma só,
mulher objeto...

SILÊNCIO OCULTO

O silêncio me fascina,
nele tuda dá prazer.
Posso ouvir a surdez do mundo.
Posso sentir a alegria do silêncio.
Nele escuto o som da lágrima.
De uma pétala caindo.
De uma borboleta pousando.
Nele ouço o andar da formiga.
O repouso de uma folha.
Nele há tudo.
E sinto a felicidade.
A felicidade do descanso.
A alegria do silêncio.
O fascinio da paz.
Da paz interior,
do ano interior.
A paz e o amor do viver,
viver sem guerra,
sem luta ou morte.
O viver do amor.
Do sorrir sem constrangimento.
De falar sem se observar.
De amar sem barreiras,
ou medo de perder.
Amar por amar,
um amor verdadeiro.
Vindo do coração.
Um coração encantado,
que floresce,
no silêncio oculto...

REALIDADE PATERNA

Pai...
Pai não é aquele que deu o nome,
mas sim aquele que me ensinou e amou.
Aquele que deu carinho e compreensão.
Que nas horas difíceis,
horas de desilusão,
ele vem agrada e senta,
senta bem juntinho para conversar...
Pai sabe como ficar brabo.
Mas também como agradar.
Pai não é aquele que sustenta os mimos,
mas sim o que mostra onde estou certa.
... onde estou errada.
Pai é o que semeia amor,
é o que nos dá amor.
Dá exemplo.
Muitos são pai.
... dizem ser pai.
... tentam ser pai.

POETA MARGINAL

Poeta marginal,
que desce ao último degrau.
Poeta protetor,
da raça inabalável.
Defende a podridão,
do homem sem coração.
Para ele tudo é real,
neste mundo sem razão.
O último assassinato,
foi contado animadamente,
com palavras descendentes,
de um mundo inexistente.
Poeta marginal,
que descreve o fumante,
marginal sem orientação,
que vive do fumo,
dormindo na sargeta.
Poeta marginal,
homem sem escrúpulos,
que escreve a bomba,
numa usina nuclear.
Que admira o aborto,
o assassinato mais cruel.
Defende tudo de mal,
e recrimina a nação.
Poeta sem razão,
e também sem coração,
neste mundo sem perdão...

ETAPAS DA VIDA

De frente ao espelho.
Penetro-me em meu olhar.
Nele me afundo.
Vejo uma menina,
brincando, sorrindo.
Repleta de esperanças,
Então sorri ao espelho.
Pulo alguns anos.
Vejo a mesma menina,
agora uma moça.
Se enfeitando, cantando.
Repleta de amor, ilusão.
Com um brilho diferente,
o brilho da aolescência.
Olha ao espelho,
tenho vontade de voltar.
Torno a olhar.
Vejo a quela menina,
que se tornou uma moça,
e, acabou na velhice...
Volto ao presente,
sinto lágrimas a rolar,
paro, e choro.
Choro de saudades,
arrependimentos,
amarguras.
Choro porque...
Nada mais me resta,
me encanta.
... aceita.
Pois, já passei pela vida,
por suas três etapas,
esperanças...
amores...
E por fim,
as saudades,
saudades da vida...
.
 em meu olhar

sábado, 13 de agosto de 2011

AS DUAS MENTES.

São duas mentes unidas.
São duas pessoas nascidas.
Talvez no mesmo cometa.
Vivendo no mesmo planeta.
Da mesma fonte saindo.
Ao mesmo sol sorrindo.

Unidas, bem como as pétalas,
das duas rosas pequenas,
de um jardim na primavera...
Como um cacho de banana.
Como um monte de criança,
brincando na varanda.

Unidas, bem como os velhos,
que em parelha sofrem tanto,
das decepções de viver...
Como a felicidade e o encanto,
como o bebê e o acalento,
como o orvalho e o amanhecer.

Unidas... Ai quem daria,
numa simples estadia,
viver, qual vive este ser,
juntar as forças das mentes,
naqueles momentos contentes,
que se sabe como viver!!!

LEMBRANÇAS

Em cada instante de silêncio.
Lembro-me de nossos momentos.
Palavras e carinhos...
Em cada instante de tristeza.
Lembro-me de nossa alegria.
Risos e beijos...
Em cada instante de desejos.
Lembro-me de nosso encontro.
Esperanças e promessas...
Em cada instante meu.
Lembro-me de nós.
Emoção e paixão...
Em cada instante de dor.
Lembro-me de nossa despedida.
Lágrimas e desespero...
Nestes instantes,
passei minha vida.
Hoje em minha velhice,
junto todos os momentos,
e, sobressai um novo sentimento,
agonia da solidão...

AGONIA

Fui para você algo de momento.
Nada foi espontâneo.
Hoje sinto sua falsidade.
Momentos de hipocrisia.
Instantes de cinismo.
És tão cínico quanto o mundo.
Tudo palavras.
... gestos.
Nada realidade.
Tudo passou como um sonho.
Sinto-o dentro da minha solidão.
Ouço seus sussurros.
Sinto seus carinhos.
... sua presença.
... seu cheiro.
Sou capaz de descrever seu olhar.
O imenso brilho de suas pupilas.
O bater de seu coração.
Sinto-o no infinito.
... no silêncio.
... no meu coração.
No recanto de minha memória,
volta-me as lembranças,
lembranças de nossa despedida,
do rolar de minhas lágrimas,
de meus gestos triunfantes,
de seu olhar de adeus.
Suplico ao infinito,
rogo sua volta,
para todo o sempre...

ALGUÉM MUITO ESPECIAL.... (meu pai)

Um João no meio de tantos outros.
Mas o único na imensidão que é meu.
Aquele que desde pequena me ama.
... que me vê crescer.
... e aos poucos me transforma.
Que sol após sol trabalha.
E, com orgulho me estuda.
E, hoje que sou adulta,
entendo o que se passa,
sua angústia pelo pagamento,
sua preocupação pela economia.
Mas, sinto sua alegria,
por nos ver sobreviver,
neste Brasil tão brasileiro.
O que me resta hoje,
a não ser lhe agradecer?
Obrigado por existir.
Por me fazer "gente".
... sustentar e amar.
... educar e ensinar.
Se algum dia lhe magoei.
Ou não sou o que espera.
Desculpe-me...
Muitas vezes, não usamos palavras,
nossos gestos são segurados,
então, passa-se o tempo,
só restando palavras não ditas.
... gestos não feitos.
Assim, nasce o arrependimento...

ANSIEDADE DO HOJE

Parada na calçada da vida.
Encontrei uma bela menina,
que passou cabisbaixa,
com o pensamento longinquo...
Depois passou um idoso.
... preocupado.
... ansioso.
Ainda fiquei observando.
Apareceu na esquina uma velhinha.
Parou... Me observou...
Então percebi,
que todos estão perdidos,
olhares desesperadores,
a procura de algo,
do todo...
do nada...
Todos tem medo.
... fome.
... rancor.
Todos tem sede.
... de amor.
De um mundo melhor.
Sem preocupação.
... fome.
... ou dor.

VIDA CONFUSA.

Ando distraída.
Pela rua vazia.
Pessoas passam por mim.
Passo por mendigos...
Por crianças...
...Por idosos.
Passo pela vida.
Sem ira.
...ida.
...vinda.
Ando pelas ruas ultrapassadas.
Pelas ruas da grande cidade.
Vou indo...
Pelo caminho...
Sem rumo...
...destino.
Ando com o coração apertado.
... nó na garganta.
... vontade de chorar.
Ando por andar.
Para não parar.
... não chorar.
... não gritar.
Ando porque todos andam,
e o que faço eu,
a não ser fazer,
o que todos fazem...

PALAVRAS

Caminho em linha reta.
Passo ante passo.
Ando pela estrada,
piso na terra firme.
Corro, descalça na vida.
Nua em pensamentos,
assim, como em vida.
Não vejo ninguém,
não ouço palavras.
Só sinto mágoas.
A terra queima.
O sol esquenta.
Lágrimas misturam-se,
com o suor do viver.
Sinto uma pontada,
talvez uma facada,
perante a realidade,
a qual, é tão irreal,
pois, vivo sem saber...

GERAÇÃO... TALVEZ ESQUECIDA....

Não convivemos,
não conversamos,
mas mesmo assim,
nos entendemos.
Deitado naquela cama,
idoso, acabado, esquecido.
Sentia seu olhar.
Imaginava seu pensamento.
Por que aquele fim?
Sou sua segunda geração,
nosso sangue é o mesmo,
meu nome é o teu.
Sou um pedaço,
pedaço de um pedaço seu.
Sou a fatia,
de várias gerações.
Fatia entre outras.
Como se fosse um pão,
somos migalhas,
fatias,
pedaços deste pão.
Obrigado!!
Obrigado por ter existido.
Por ter feito um pedaço,
pedaço que fez de mim uma fatia,
pedaço, que me ensinou.
...que me ajudou.
...que me amou.

DÚVIDAS...

Cai a chuva lá fora.
Plena quarta-feira de cinzas,
cinzas chuvosas,
saio a chuva.
Sinto-a em minha face,
lágrimas misturam-se.
Pensamentos afogam-se,
desejos esquecidos.
Pessoas distantes,
sentimentos molhando-se.
Tento correr na chuva.
Corro parada em mim.
Corro para dentro de mim.
Corro sem me mover.
Paro de correr,
sento na sargeta.
Olho para o céu chuvoso.
Tento controlar minhas lágrimas,
Tento controlar minha vida.
A chuva para....
Minha vida para...
Na janela olho para o céu.
Tempo limpo,
estrelas no céu...
Tento sorrir...
Mas uma lágrima escapa.
Então percebo, a realidade.
Nada mudou...
Minha tempestade, não passou...

É TRISTE...

É tritse imaginar seus passos,
os quais, caminham para o infinito,
e, eu não sei para onde vão...

É triste escutar sua voz a distância,
quando o que eu queria,
era escutá-la em um sussurro...

É trite sentir seus carinhos,
se na realidade suas mãos,
não sei quem acariciam...

É triste viver a distância,
na incerteza de querer,
sem saber onde está...

É triste minha alegria de quer-lo,
tanto quanto é triste a despedida,
de alguém muito querido...

É triste imaginar-te,
mas mesmo assim, fico alegre.
Pois é tristeza que decorre,
de uma grande alegria,
alegria de ter tido-o,
ao menos por único dia....