sábado, 20 de agosto de 2011

Comodidade.

Sozinha, muitas vezes penso,
talvez, em muitos fatos,
em águas já passadas,
em pedras já removidas,
em vidas que já não voltam.
Nos meus que se foram,
em você que nunca permaneceu,
em mim que não conheço.
Penso nas bombas atômicas.
Nos bebês abortados.
... asassinatos cometidos.
... prostitutas sorridentes.
... viciados se picando.
... sonhos na constituição.
... esperanças no Brasil.
Enfim, penso em tudo.
E o mais triste é saber,
que de nada adianta-me pensar.
Não mudarei as pessoas.
... os maníacos assassinos.
... muito menos as prostitutas.
... viciados jamais.
... assim como os sonhos, esperanças.
Pois, também os tenho.
Não mudarei nada.
Pois, este mundo já se foi.
Assim, como os meus...
Assim como você...
Assim, como meu próprio eu...
Mesmo assim, penso,
pois, o que mais resta?...

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